Pois é pois é... o Natal já lá vai, finito. Por isso, trago aqui exemplos de anúncios que nada têm a ver com o Natal, obviamente.
Este primeiro vídeo, presenteia-nos (termo natalício, eu sei) com um conjunto de anúncios da Ameriquest, marca que não me diria nada não fosse este grupinho de anúncios tão bem conseguidos sob o mote "Não julgue demasiado rápido".
Outro anúncio também engraçado, não por ter graça, como seria de esperar, mas pelo facto de diminuir e menosprezar o maior e mais adorado destino turístico do mundo, que por acaso não é Moscavide mas sim Paris,la ville del'amour, é o da marca de lingerie alemã Berlin.
Posto isto, Glückliches neues Jahr! para vocês e tout le meilleur pour2012 (o número está em francês também)
Não, não vim desejar feliz Natal aos poucos desgraçados que visitam este blog, mas nesta quadra de sorrisos e felicidade, tenho de partilhar o anúncio de Natal que mais se enquadra com aquilo que pretendemos ser como uma pseudo-futuro-hipotetico-quissá-agência de publicidade.
No entanto, vamos totalmente ao contrário da moral que a agência responsável pelo anúncio defende...nós procuramos mesmo ser o Nightmare..
Para finalizar este post, antes de me ir encher de chocolates e colesterol, deixo-vos aqui uma foto do Bera já com a camisola que a avó lhe ofereceu pelo Natal.
Ora, aqui vão mais dois docinhos do mundo da publicidade.
O primeiro prima pelas amistosas ovelhinhas de grandes olhos mas sobretudo pela concretização da moral da história. Sem dúvida que o perigo pode vir de onde menos se espera.
Outro perigo de que não se está à espera é virar uma esquina e levar com isto:
O momento em que se tenta fazer com que enfiar dois glúteos na cara do espectador tenha algum sentido.
Como primeiro post neste blog, eu tinha de chegar assim - em grande.
A Trident decidiu, deste modo, apresentar as Twist - e contemplar alguns sortudos em Guadalajara com uma viagem de táxi que realmente os apresenta ao conceito "Twist". Ele é Ferraris, ele é Porsches.. Sem limites de velocidade.
Na verdade, poderia fazer todo um blog à volta deste tema... O momento mágico e raro em que o criativo diz em voz alta aquelas ordinarices e ideias perversas, que pensa para todos os anúncios, e alguém importante desta vez diz "parece-me bem, vamos fazer".
É como um oásis num deserto, de facto, mas felizmente ainda se vão encontrando algumas destas relíquias. Pena é que todas elas sejam banidas e nunca cheguem às nossas salas de jantar.
Contudo, e se alguém ainda tivesse dúvidas da maravilha que é essa coisa da 'internet', basta uma pequena pesquisa e encontramos todo um mundo de badalhoquice publicitária (não vejam este termo pela negativa, por favor.)
...Agora a sério, esta malta passou-se um bocado e não mediu bem as coisas, mas acaba por ficar uma coisa que sempre dá para rir e para mostrar aos amigos.
Ficam aqui alguns exemplos de entre as dezenas que poderiam figurar neste respeitoso blog.
Embora politicamente incorrecto e até por vezes juridicamente condenável, não há nada tão giro como duas grandes marcas a "picarem-se" (tirando todas as outras coisas giras da vida, claro).
Competitive Advertising: À descarada, sem rodeios, uma marca demonstra como é melhor que o seu concorrente optando muitas vezes, e felizmente, por ridicularizá-lo, um tipo de comunicação que acho extremamente saudável e desafiante e que acaba por proporcionar belos pedaços de publicidade.
Inseridos neste capítulo, todos nos lembramos daqueles grandes clássicos, como os da Pepsi vs Coca-cola e afins, mas de vez em quando, actualmente, lá sai mais uma pequena pérola de uma marca a achincalhar outra. Os exemplos que se seguem recebem, sem dúvida, o meu sentido "like".
Ás vezes a melhor solução não é fugir ou abordar o tema muito superficialmente com um sorriso no rosto...mas antes, ir mesmo muito directamente ao assunto, demasiado até, e mantendo esse belo sorriso no rosto.
Em termos de anúncio não está grande coisa, mas ninguém espera ver uma coisa destas no intervalo da sua novela.
Ai, anúncios sexistas... Outrora o pão nosso de cada dia, hoje altamente condenáveis e retrógrados.
De facto os tempos são outros e os valores, esses, continuam em mudança, mas não se pode negar que estes anúncios, no seu tempo, tinham fundamento e objectivos muito concretos, e que provavelmente foram muito bem sucedidos.
Hoje, sabendo que felizmente muito mudou, têm simplesmente muita graça.
Alguns exemplos:
Estes anúncios tiveram claramente a sua época e hoje todas as marcas procuram justamente garantir que as suas comunicações não possam ter qualquer conotação sexista ou discriminatória.
Ou será que não?
Esta foi a maneira que a Mercedes achou para comunicar que a beleza e o aspecto exterior tanto das mulheres como dos carros não é nada sem um bom interior. É um pouco questionável se esta regra sobre as mulheres se aplica a quem efectivamente tem posses para comprar um Mercedes topo-de-gama, que de facto é um carro que não tem qualquer intenção de dar nas vistas...
Contudo, e para esclarecer a minha posição sobre esta temática, segue em baixo um bom exemplo de como se pode usar e abusar do sexismo para passar uma mensagem muito séria e que, essa sim, constitui um acto discriminatório globalizado.
O mundo da publicidade sobre medicamentos já tem muito que se lhe diga, mas esta categoria específica de medicamentos é de facto toda uma nova aventura para os criativos.
Ser discreto e profissional e esperar que as pessoas sérias se relembrem e fiquem com uma boa imagem do produto...ou ser tudo menos sério e "ajavardar" (é mesmo) com a situação de modo a ter graça e assim facilitar a recordação?...
Produtos relacionados com desarranjos intestinais, o sonho de qualquer criativo..ou não.
Os criativos do anúncio que se segue decerto pensaram:
mas que graça é que tem comida 100% natural e integral e não sei mais o que?...Isso só da para fazer anúncios aborrecidos, a contar como é saudável e que melhora a saúde e essas coisas que já toda a gente sabe..
E tinham razão, sem dúvida. Então olharam para aquilo de outro modo, e pegaram na ideia do 'natural' e daí foi toda uma sucessão lógica: natural - genuíno, genuíno - verdadeiro, verdadeiro - um Caracol a divagar se é homossexual. Simple but clever!
A mensagem a passar é que a Sequoia só utiliza os produtos verdadeiramente naturais, sem artificialidades, "sem nada a esconder", e a confissão deste confuso caracol acabou por valer um prémio em Cannes.
É certo que dificilmente alguém se revoltará contra as tradicionais campanhas de marcas de roupa interior: simples, objectivas e que procuram sobretudo agradar à vista. Contudo, a Wonderbra pensou mais além e quebrou as convenções deste mercado, alcançando um repentino reconhecimento mundial por essa mesma audácia que releva nas campanhas e pelo seu posicionamento irrevente.
Na verdade, esta marca comunica de uma forma tão sui generis que raramente coloca qualquer imagem dos seus produtos ou informação sobre estes nos seus anúncios. Por seu lado, alia humor, atrevimento e um quê de perversidade (num bom sentido, se é que isso é possível) numa pequena história que espera que o espectador decifre através da imagem e que então perceba de que na verdade se está a falar de soutiens Wonderbra e de como estes podem constituir 'benefício' para a utilizadora, e não só.
Acho que concordarão comigo, que mesmo visualmente não mostrando de modo algum a sensualidade ou beleza de uma mulher e do seu corpo, estes anuncios fazem-nos viajar e idealizar como será essa mulher a que cada um se refere.
Fugir do óbvio, ser disruptivo, passar a mensagem.
Isto é boa Publicidade, sem dúvida.
